Feeds:
Posts
Comentários

Posts Tagged ‘gastronomia’

soja

(uma soja incrível que se serve como aperitivo antes do almoço. eu, bem ovni, comi a primeira com casca e tudo e então percebi que elas – véro e agnès – só comiam o que estava dentro. tudo bem,ovni pode cometer gafes. simplesmente deliciosa esta soja!)

pimenta

(pimenta “de crocodilo” vendida somente no sul da frança e apenas para chefs. afffff, delíiiiicia. moidinha, cai bem em todas as comidas!)

Read Full Post »

diadopatrimonio

(dia do patrimônio no marais: fazendo turismo no meu próprio bairro)

fete

(festa com bandinhas no quais, às margens do sena, sabadão de sol)

interior_hotel_particulier

(interior do hotel particulier, com os painéis de copérnico)

vero_eu_biti

(véro, eu e biti fazendo turismo no próprio bairro)

siguinho

(sig, meu filhote que está no brasil)

oui, cheguei a paris definitivamente. moi, este ovni singelo e curioso.

et, voilà: minha primeira noite aqui foi tipicamente francesa – um jantar com amigos queridos em montmartre, aqui em um dos vários lados chics de paris. alice {que é bio et vegetarièn} nos recebeu com vinhos brancos e vermelhos, e também licor de cassis, pra fazer o kir. chic. aqui eles amam o tal do kir, royal {avec champagne} ou não.

gérome, o homem francês mais francês do planeta, foi como sempre gentilissimo avec moi, mas irredutivel {como os gauleses!} em sua mania de so falar frances comigo. aprendo mais rapido por causa disso. gosto dele.

karine et alice foram geniais como sempre. et véronique, ah bon! elle est parfait.

comemos beringela ao forno {que, gérome me disse, é um prato tipique do sul da frança, olha so}, uma polenta {que bem podia ser mineira}, mas ornada com ervas incríveis et folhas verdes.

a tal da comida bio (eles falam “biô”) é mesmo fantástica: biologique, fresca, muito mais saborosa e, guess what? mais cara, logico. junto com a comida, vem sempre un bon apettit ou um santé, clássicos. o que eu fico percebendo por aqui é uma coisa bonita dos franceses: eles realmente se preparam para receber os amigos ou quaisquer convidados. eles se arrumam, eles “fazem um compromisso”, eles preparam coisas, e, mais que tudo, eles EXPLICAM o que preparam e porque. eles discutem o tempo todo sobre comida e bebida. e, se tem um OVNI na mesa, como eu, aí é que a discussão se acalora, porque todos querem genuinamente te explicar a verdadeira origem do “vinho-de-loire-x-y-z”. é simplesmente genial. é lindo, são pelo menos dois mil anos de cultura e savoir faire acumulado. (nada que nossa farofa brasileira não possa acompanhar, mas é diferente).

eu adoro esse ritual. não teve uma casa francesa onde eu não fosse recebida assim, mesmo para um simples spaghetti (o molho era especial, veja bem).

ontem, bom, ontem tive o prazer e o privilégio de fazer turismo em meu próprio bairro (com a véro e a querida biti): era “dia do patrimônio” na frança (ou em paris, ainda não sei bem) e o marais, bairro onde moro, é muito antigo, e pudemos então conhecer o interior de um hotel particulier (hotel particular), do século 17, mas cuja estrutura repousa sobre uma casa medieval!

lindíssimo. e essa coisa de fazer turismo em seu próprio bairro é mesmo muito chic. na frente da porta principal, uma medusa entalhada na madeira protege os moradores. os painéis, esculturas, entalhes e pinturas no pátio interno são de gritar (com ilustrações das posições do sol por copernico, das musas, das deusas gregas).

depois, um simples passeio às margens do (rio) sena, nos tais dos quais (um tipo de cais), com um show de tambores/barris, uma banda rítmica, um montão de barraquinhas com o melhor foi gras do mundo (segundo me disse véronique, que é de toulouse e entende MESMO de foi gras) e outras loucuras. eu só comi salada, porque percebi que se eu deixar os franceses me agradarem, morrerei de comer, beber e transar, e puxa vida, que coisa ruim não? (hihihi)

à noite recebemos mathew e ana com caipirinhas e a véro preparou um melão com presunto de uma região específica da frança (larzac? nunca sei direito, ela fala muito rápido), tomate e um french touch – manjeiricão do vasinho dela, que ela me ensinou a cortar (tem que ser uma folhinha grande, pra ser vistosa, mas nada que ameace a fotossíntese de um caule inteiro, pra não acabar com a produção destas delícias verdes no vaso).

depois teve uma vasilhona de tomates com queijo de cabra, uma pimenta deliciosa e um aceto balsâmico de uma região x (cara, eles falam muito rápido) que todos provaram com o dedo antes, e ficaram loucos.

tudo leve e gostoso. nada pesa no estômago, é incrível. tudo te deixa com uma vontade de dançar, de conversar, de brincar, de jogar, de pular.

depois mathew e ana me contaram (ainda em inglês, enquanto cometo o sacrilégio de não ser fluente em francês) sobre a exposição de um fotógrafo alemão (august sanders?), na qual fiquei interessadíssima.

falamos ainda sobre gainsbourg, virginie despentes, beatriz preciado, feminismo, machismo, sobre as três línguas francesas existentes: a acadêmica, a correta e a dos subúrbios, dançamos, brincamos com o pequeno baltazar (bebê de um ano de mathew e ana).

e brincamos também com eddie (cujo focinho lindo ilustra o cabeçalho deste blog que vos fala), minha filhinha francesa, além dos meus filhos brasileiros (sig, nit e páris): uma buldogue francesa linda de morrer e muito inteligente, dá vontade de morrer com a inteligência rápida dela.

aprendi ontem ainda, com mathew e ana, que beber vinho rosé já não é cafona na frança, há pelo menos uns cinco anos. antes (eles me explicaram) o rosé era um vinho considerado cafona. hoje em dia, na frança, ele já tem uma certa tradição, embora os bons vinhos rosé ainda sejam caros nas melhores lojas do ramo (os franceses entendem que o custo benefíco do rosé X o vermelho (rouge), por exemplo, não vale a pena).

eles me contaram ainda que o momento CERTO pra se tomar o vinho rosé é SOMENTE durante o verão, nas FÉRIAS, no SUL da frança, e SÓ na hora do ALMOÇO. isso é o protocolo correto (do qual os próprios franceses dão risada), mas você pode convidar os amigos prum bom rosé com uma salada, em casa.

hoje, véro me preparou festa somente com amigos brasileiros que moram em paris. conto depois as impressões.

🙂

por enquanto:

c’est çaaaa!

Read Full Post »