(acima, a tal da mostarda com flores de violeta, uma das mais potentes armas da sedução imperialista francesa)
sim, agora eu tenho um celular francês, e blackberry. custou nove euros. poderia ter custado só um euro mas eu quis ter o gostinho de um blackberry, tive ímpeto consumo-fetichista.
paris dá uma vontade danada de ser bonito.
muitas músicas francesas novas na cabeça: juliette gréco, elodie frègè, gainsbourg, brigitte fontaine.
a festa com os amigos brasileiros da véro em paris foi deliciosa. todo mundo adaptadíssimo, 15 anos de frança. penso em mim, penso no futuro, penso no brasil, nos meus filhos brasileiros (sig, nit e páris), penso no visa, na carte de séjour. penso no caramulhão danado de emoções que é a vida da gente.
ontem, recebemos adyl e joanne, o querido adyl, marroquino de francês perfeito que tem ajudado definitivamente na tradução e circulação do meu livro. a pisciane joanne, belga, fofíssima, risonha e delicada. sempremuita caipirrrrrrrrrrinha e uns crepes ótimos que a véro faz em 20 segundos. como pode? uma saladinha verde e voilá! abba, madonna, amores brujos.
ainda fico muito estupefata com a beleza de paris.
outras notas importantes deste meu aprendizado:
1. a mostarda com flores de violeta: nunca comi nada assim na minha vida, vem o gosto forte da mostarda, mas um cheiro de violeta sobe no seu nariz junto, criando uma sensação no palato típica do ratatouille do desenho animado. juro. indescritível.
2. a livraria gay les mots a la bouche, aqui no marais, é o máximo. dei de presente pra véro uma lysistrata em quadrinhos cômicos que é absolutamente genial. foi lá que compramos o presente de aniversário do gêrome, ele que ama as guerras clássicas e o peloponeso.
3. ganhei o primeiro perfume da minha vida, e ele não é francês: o eau de campagne, da sisley. meu primeiro perfume em 36 anos de vida. que francesa de araque que sou!
por enquanto,
c’est çaaaaaaaaaaaaaaa!
mon paris 